Entenda como as médias móveis ajudam na leitura de tendências
Publicado por trademachine em junho 17, 2019
Os robôs de investimento têm à disposição uma série de indicadores para definir suas entradas, sendo que um dos mais simples — e importantes — são as médias móveis. Elas representam uma das maneiras mais diretas de perceber como está o comportamento do mercado e ajudam bastante na leitura de tendências.
Quer entender melhor como funciona esse recurso e de que forma ele pode ser útil para as estratégias de investimento? Confira a seguir!
O que são as médias móveis?
Dentro da análise técnica, a média móvel é um recurso estatístico que calcula a média de preços de um ativo continuamente durante períodos definidos. Ou seja, se quisermos traçar a média móvel de 20 dias, a cada dia que passa a média dos 20 dias anteriores será calculada e desenhada no gráfico.
Em geral, usamos os preços de fechamento para fazer essa conta, sendo que os principais métodos para esse cálculo são o simples e o exponencial. Enquanto a média móvel simples estabelece o mesmo peso para os valores, que são somados e divididos pelo número de períodos, a média móvel exponencial dá um peso maior para os valores mais recentes.
Lembrando que as médias móveis utilizam dados passados para produzir a curva no gráfico. Elas não podem prever a direção do preço e estão sujeitas à interpretação de quem as analisa.
Como usar esse indicador para a leitura de tendências?
Já que a essência desse indicador está em filtrar as flutuações por meio do cálculo periódico da média, o que temos é uma sinalização de como o preço está se movimentando. Assim, podemos identificar se há ou não indícios de tendência.
A princípio, quando a média móvel aponta para cima, temos a indicação de uma tendência de alta, e quando ela se desenvolve para baixo, é sinal de tendência de baixa. Porém, essa é uma análise muito simplista.
Por um lado, uma média móvel longa (de muitos períodos) terá maior atraso, mas funcionará melhor em tendências mais fortes. Por outro, uma média móvel curta segue a mudança do preço com mais precisão, apesar de não dar sinais muito consistentes da direção da tendência.
Ou seja, com o uso de apenas uma média móvel, você provavelmente terá uma grande quantidade de falsos sinais. Por esse motivo, trabalhar com o cruzamento de 2 ou 3 médias móveis é mais recomendado. Acompanhe o raciocínio.
Uso de 2 médias móveis
Combinando uma média móvel mais curta e uma mais longa, como uma de 50 períodos e outra de 200, o investidor pode fazer a seguinte leitura: quando ocorre o cruzamento para cima da média mais curta com a mais longa, é uma confirmação de tendência de alta. Quando o cruzamento da média mais curta com a média mais longa é para baixo, é sinal de que a tendência é de baixa.
Uso de 3 médias móveis
Nesse caso, usamos uma média curta, uma intermediária e uma longa. Quando a média móvel mais curta cruza a intermediária para cima, temos um sinal de alerta altista — quando devemos ficar mais atentos, à espera de indícios mais fortes de que a tendência é mesmo de alta. Ao verificarmos que a intermediária cruza a longa para cima, teremos o chamado sinal de confirmação de alta.
O alerta e a confirmação baixistas seguem o mesmo princípio, sendo que os cruzamentos ocorrem para baixo.
Por que não basear a estratégia apenas em médias móveis?
O ajuste da quantidade de médias e o número de períodos que cada uma delas terá vai depender muito do perfil do investidor. Os mais agressivos poderão usar médias rápidas, que darão mais sinais de entrada, mas com maior risco de falhas de tendência. Já quem é conservador deverá usar médias mais lentas para entrar apenas em movimentos de maior consistência.
Para ter sucesso nos trades, também é fundamental levar em conta outros fatores para definir o instante mais adequado de entrar e sair da operação. Isso vai desde o uso de outros indicadores até a colocação apropriada de stop e monitoramento do retorno líquido e do drawdown (número de perdas consecutivas).
Portanto, valorize a simplicidade e o poder das médias móveis, mas tenha em mente que a tomada de decisão nesse contexto depende de toda uma análise minuciosa e gestão de risco, que, aliás, um robô consegue fazer muito bem.
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Categorias: Estratégias
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