Giro Semanal – 03/11/20

Novembro chegou e com ele o nosso Giro Semanal – 03/11/20.
Aproveite para começar a semana por dentro das notícias mais importantes!

As principais bolsas ao redor do mundo encerraram a semana com forte desvalorização ao passo que novas medidas restritivas na Europa ameaçam a recuperação econômica.

A indecisão acerca da aprovação de um novo pacote de estímulos nos EUA junto com a possibilidade de Trump contestar as eleições presidenciais também corroboram para o mau humor do mercado.

Na sexta-feira, as ações de varejistas de comércio eletrônico lideraram perdas no Ibovespa, acompanhando uma nova onda de realizações de lucro no setor de tecnologia em Nova York.

O Ibovespa encerrou a semana com queda de 7,22%, revertendo os ganhos acumulados no mês de agosto. 

No mês, o principal índice acionário brasileiro apresentou queda de 0,69%. Já o dólar, subiu 1,50% na semana e encerrou o mês de agosto com valorização de 2,30%.

Agenda política e econômica

Brasil

No Brasil, a agenda política e econômica segue tranquila, com a cobertura focada nas eleições municipais. Diante disso, a situação fiscal permanece em destaque.

Entre os assuntos mais comentados está uma possível contraproposta por parte do governo às centrais sindicais para ampliar o seguro-desemprego aos trabalhadores demitidos na pandemia. A ideia é pagar duas parcelas a mais do benefício.

O governo deve apresentar a proposta nesta quarta-feira. Ainda na semana, surgiram ruídos envolvendo a legalização de jogos de azar para o financiamento do Renda Cidadã.

Sobre as contas públicas, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou que há falhas que precisam ser corrigidas no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

O PLDO tem como objetivo apontar as prioridades orçamentárias do governo para o próximo ano. A proposta do governo para o ano de 2021 é adotar uma meta fiscal mais “flexível”.

Porém, de acordo com o TCU, a proposta é inconstitucional e fere ao menos dois dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ainda no cenário interno, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 2,00% ao ano.

Essa decisão já era esperada pelo mercado, o que surpreendeu foi que o Copom manteve a possibilidade de novos cortes de juros.

Analistas esperavam a retirada de trechos sobre possíveis reduções.

O Copom também ponderou que o regime fiscal continua incerto e que uma possível deterioração do quadro fiscal ou um aumento da inflação pode motivar o aumento da taxa de juros. 

Conforme divulgado pelo IBGE, a taxa de desemprego chegou a 14,4% no trimestre móvel terminado em agosto, aumento de 1,6% frente ao trimestre anterior. O resultado ficou levemente acima da expectativa, que era de 14,2%.

Nove das dez atividades acompanhadas pela pesquisa reduziram o contingente de trabalhadores no período.

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o único setor com aumento nas contratações. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas foi o ramo que mais dispensou.

Mundo

Nos EUA, permanece o impasse envolvendo a aprovação de um novo pacote fiscal. Destaque para as eleições presidenciais que acontecem ainda essa semana (03.11). Esse ano as eleições americanas serão realizadas via correio em virtude da pandemia.

De acordo com as pesquisas eleitorais, Biden continua sendo o favorito. Já, o presidente Donald Trump diz que deve contestar o resultado caso seja derrotado.

O Produto Interno Bruto (PIB) na zona do euro cresceu 12,7% no terceiro trimestre ante o trimestre anterior.

Na base anual, o PIB fechou o trimestre com queda de 4,3%. Os resultados vieram acima da expectativa.

Apesar da recuperação mais forte do que o esperado, diante do recente aumento de número de casos de covid-19 e novos “lockdowns” no continente, a perspectiva para o quarto trimestre não são boas.

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