Acompanhe as maiores altas e baixas do Ibovespa
Publicado por Renata Gomes em novembro 9, 2020
Aproveite mais um Giro Semanal e acompanhe as maiores altas e baixas do Ibovespa da semana passada.
A semana foi marcada por ganhos expressivos com todas as atenções voltadas para as eleições presidenciais norte americanas. Conforme Biden ganhava a dianteira, o mercado se mostrava favorável a vitória do democrata e as principais bolsas mundiais reagiam positivamente.
Acompanhando o bom humor do cenário externo, o Ibovespa acumulou alta de 7,4% com amplitude de 7,41 e encerrou a semana acima dos 100 mil pontos. Na contramão, o dólar apresentou forte queda e encerrou a semana com desvalorização de 6,67% e amplitude de 7,34%.
Especificamente no Brasil, não foi apenas a eleição nos EUA que impulsionou o mercado acionário.
A divulgação dos resultados corporativos referentes ao 3T20 continuam a todo vapor e tem, em grande parte, surpreendido positivamente.
Confira abaixo as maiores altas e baixas do Ibovespa da semana passada
Agenda política e econômica
No Brasil, destaque para a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central. A proposta permite que o Banco Central cumpra a tarefa de gerir a política monetária sem interferências políticas.
Esse modelo já é adotado em diversos outros países, inclusive nos EUA. O texto agora segue para Câmera.
No âmbito fiscal, um acordo entre governo e empresários derrotou a proposta dos sindicatos de pagar mais duas parcelas do seguro-desemprego para pessoas demitidas durante o pico da pandemia.
O impacto estimado caso o pedido fosse aprovado seria de R$ 7,3 bilhões. A proposta foi analisada na reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Ainda na semana, a Câmara dos Deputados derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro que barrava a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
A desoneração vigente permite que empresas dos setores contemplados optem por contribuir para a Previdência Social com um percentual menor que 20% do recolhimento obrigatório.
Por uma questão orçamentária, o presidente Jair Bolsonaro havia vetado a prorrogação do benefício para o ano que vem. Com a derrubada do veto presidencial, o benefício se estende até o fim de 2021.
Para os cofres públicos, estima-se que deixem de ser arrecadados cerca de R$ 10 bilhões. Existe ainda a possibilidade de o governo recorrer contra a derrubada do veto.
Quanto aos indicadores econômicos, a produção da indústria no Brasil subiu pelo quinto mês consecutivo em setembro, novamente acima das expectativas do mercado.
Dados pelo IBGE mostraram crescimento de 2,6% em relação a agosto, as projeções apontavam para uma alta de 2,2%. Na base anual, a produção industrial cresceu 3,4%. O setor automotivo foi o principal destaque positivo no mês.
O IPCA apresentou alta de 0,86% em outubro. Em 12 meses a inflação avançou para 3,92%. O resultado ficou ligeiramente acima das projeções. Ainda assim, a inflação mantém-se abaixo do centro da meta, que é de 4%. O que mais pressionou a inflação esse mês foram os preços de alimentos e passagens aéreas.
Mundo
Nos EUA, a eleição presidencial seguiu sem grandes surpresas, mas ainda assim, com muitas expectativas. Joe Biden (Democrata) se manteve na liderança ao longo da semana.
O candidato democrata ultrapassou os 270 votos e foi eleito o 46º presidente dos EUA. Donald Trump computou 214 votos. Derrotado, o atual presidente disse que vai recorrer à justiça. Biden deve tomar posse no dia 20 de janeiro de 2021.
Na agenda econômica, o PMI do setor industrial nos Estados Unidos apresentou forte alta em outubro e bateu 59,3 pontos, resultado bem acima das projeções que eram de 55,8 pontos.
Na Europa o PMI industrial da Zona do Euro também encerrou o mês de outubro positivo com 54,8 pontos, a expectativa era de 54,4 pontos.
Ainda na Europa, as vendas no varejo da zona do euro caíram 2% em setembro na comparação com agosto, a expectativa era de queda de 1%. Na base anual, houve crescimento de 2,2%, também abaixo das estimativas que previam um crescimento de 2,8%.
Para finalizar o calendário econômico da semana, dados do payroll nos EUA mostraram a criação de 638 mil postos de trabalho em outubro. A expectativa era que a folha de pagamento aumentasse em 600 mil. Com isso, a taxa de desemprego caiu de 7,9% para 6,9%.
Apesar dos números melhores do que as estimativas iniciais, essa foi a menor abertura de vagas desde o mês de maio e evidencia uma possível desaceleração da recuperação econômica americana.
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